Hawaii – o arquipélago paraíso

 

Hawaii. O seu estatuto insular e a sua posição geográfica elevam este arquipélago à categoria de paraíso do Pacífico.

Explorámos duas das suas ilhas: a Big Island e Oahu. Existem diversos micro-climas neste paraíso vulcânico junto ao trópico de Caranguejo. A chuva regular alimenta uma vegetação densa e uma flora tão diversificada como bela. Flores multicolores decoram a paisagem e perfumam o ar.  A água serpenteia as montanhas e desenha trilhos, cascatas e arco-íris. As praias multiplicam-se: areias pretas, brancas e até mesmo verdes. O mar tem um azul diferente, uma cor indescritível. As ondas formam-se com delicadeza mas rebentam com violência numa explosão de sal que salpica a pela e nos tempera com o sabor dos trópicos.

Ko Olina Beach

Por todo o lado existem pequenos mercados de agricultores locais (os “farmers markets”) onde se fundem aromas e sabores. Descobrimos novas formas de arte e inalamos o verdadeiro espírito da cultura Polinésia.

O povo havaiano vive num ritmo lento e descontraído. Os surfistas pincelam o azul-esverdeado do mar com as suas pranchas coloridas. A certeza da imensidão do oceano que os rodeia parece cristalizar o tempo. Os dias começam e terminam inevitavelmente no mar, tal como o sol.

A Big Island

É a maior ilha do Hawaii, Diz-se que no lado de Hilo está sempre chover. E não é mentira!

Ficámos os primeiros dias num fantástico Yurt no meio da selva tropical. O canto incessante dos pássaros presenteava as nossas noites com um concerto frenético que não facilitava o sono mas oferecia um espetáculo inigualável.

The Peaceful Yurt

Neste lado da ilha fomos à descoberta dos vulcões que esculpem esta paisagem em permanente evolução.

Mauna Kea – crater view

O Mauna Kea é a montanha mais alta do mundo. Os campos de lava solidificada pintam um cenário negro mas incrivelmente belo. As formas arredondadas e suaves da lava sugerem-nos uma plasticidade que já não existe. Os Petróglifos (gravuras rupestres esculpidas na lava) são impressionantes e levam-nos numa viagem por rituais ancestrais. Nas encostas do vulcão Mauna Loa crescem plantas de bagas vermelho-vivo e flor branca e aprimorada que dão origem a um café de renome internacional.

Petroglyfs at Volcano National Park

Fartos de chuva no paraíso partimos para o outro lado da ilha onde os ventos dissipam as nuvens e o céu azul parece abraçar o mar infinito debaixo do sol escaldante.

A melhor recordação que levamos desta pitoresca ilha obrigou-nos a uma viagem por terrenos sinuosos numa excitante aventura de Jeep. Depois de vários quilómetros por pisos tortuosos pudemos contemplar uma das quatro praias de areia verde que existem no nosso planeta. É algo de verdadeiramente único e inesquecível!

Papakolea – Green Sand Beach

Oahu 

Aterrámos em Honolulu sem direito ao Lei (colar de flores típico) ou a havaianas a dançarem o Hula a receberem-nos como vemos nos filmes. Fomos contudo surpreendidos por uma cidade moderna e vibrante, com uma complexa rede de estradas e prédios altos. Toda a costa fervilha de turistas e resorts luxuosos. Aqui as praias são realmente excepcionais. A areia é branca, fina e suave como um véu delicado.

The kids at Waikiki Beach – Honolulu

Não podíamos deixar de visitar Pearl Harbour. A lembrança do fatídico dia do ataque do Japão à frota naval americana eterniza-se no memorial erigido sobre o local onde permanecem os destroços do USS Arizona e, com eles, os restos mortais nunca identificados de muitas das vítimas desse massacre que justificou a entrada dos EUA numa guerra mundial e culminou com o uso de arsenal nuclear. Momentos da história que mudaram o Mundo para sempre e carregam uma valiosa lição para as gerações vindouras.

Pearl Harbour Memorial

Nenhuma visita ao Hawaii pode ficar completa sem experimentarmos uma ligeira metamorfose. Equipados com óculos e tubos especiais, transformámo-nos em peixes (ou sereias) e mergulhámos no recife de corais em Hanauma Bay. Peixes exóticos rodeavam-nos curiosos ou indiferentes. Outros, gigantes, pareciam vir direito a nós como que a marcar território. Até uma foca cansada se arrastou pelo areal para dormir uma sesta mesmo ali ao nosso lado.

E eis chegou a hora do Aloha – palavra de origem havaiana que significa tanto “Olá” como “Adeus”. Certamente esta forma de saudar facilita na hora da despedida, amenizando o trauma da partida como que a anunciar um futuro regresso. Levamos na bagagem memórias únicas…como este lugar.